Na noite de 2 de agosto de 1956,
tivemos a alegria de ouvir pela primeira vez em nosso recinto o
Espírito Casimiro Cunha, o notável poeta fluminense , que se
manifestou através das suas rimas, repletas de simplicidade e
beleza, para encantamento e edificação de nossas almas.
Meus
amigos, no serviço
De
prece e doutrinação,
Cada
Espírito que sofre
É
a bênção de uma lição.
Ouvindo
os desencarnados
Em
lutas de consciência,
Permaneceis
navegando
Nas
águas da advertência.
Tantos
náufragos em treva,
Sem
clarão que os reconforte,
São
apelos da verdade,
Gritando
no mar da morte.
O
malfeitor que aparece
No
tormento que o redime,
Bramindo,
desarvorado,
É
mensagem contra o crime.
Paranóicos
revoltados,
Em
vozerio e barulho,
São
avisos dolorosos
Contra
os flagelos do orgulho.
Apaixonados
que clamam,
Entre
a demência e o furor,
Revelam
a delinqüência
Que
se rotula de amor.
Sovinas
desesperados,
Sob
o tacão da secura,
São
vivas lições na estrada
Contra
os perigos da usura.
Suicidas
em desalento,
Que
a dor pavorosa espia,
Demonstram
à sociedade
Os
monstros da rebeldia.
As
mentes em vício e ódio,
Sob
lama deletéria,
Mostram
em toda a extensão
A
ignorância e a miséria.
Tiranos
paralisados,
No
suplício da aflição,
Indicam
que há fogo e cinza
Nos
tormentos da ambição.
Espíritos
que perseguem
A
carne enferma e insegura
São
tristes apontamentos
De
vampirismo e loucura.
Obsessores
que bradam
Em
sofrimentos atrozes
Ensinam
que, além do corpo,
Há
chagas e psicoses.
Meus
irmãos, não olvideis,
No
campo do aprendizado,
Que,
acendendo a luz no Além,
Quem
doutrina é doutrinado.
Extraído do livro: Vozes do Grande Além
Psicografado por Francisco Cândido Xavier - Espírito Casimiro Cunha
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