quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Madalena

“Disse-lhe Jesus: Maria! — Ela, voltando-se, disse-lhe: Mestre!”
(JOÃO, capítulo 20, versículo 16.)

Dos fatos mais significativos do Evangelho, a primeira visita de Jesus, na
ressurreição, é daqueles que convidam à meditação substanciosa e acurada.

Por que razões profundas deixaria o Divino Mestre tantas figuras mais
próximas de sua vida para surgir aos olhos de Madalena, em primeiro lugar?

Somos naturalmente compelidos a indagar por que não teria aparecido,
antes, ao coração abnegado e amoroso que lhe servira de Mãe ou aos
discípulos amados...

Entretanto, o gesto de Jesus é profundamente simbólico em sua essência
divina.

Dentre os vultos da Boa Nova, ninguém fez tanta violência a si mesmo,
para seguir o Salvador, como a inesquecível obsidiada de Magdala. Nem
mesmo “morta” nas sensações que operam a paralisia da alma; entretanto,
bastou o encontro com o Cristo para abandonar tudo e seguir-lhe os passos,
fiel até ao fim, nos atos de negação de si própria e na firme resolução de tomar
a cruz que lhe competia no calvário redentor de sua existência angustiosa.

É compreensível que muitos estudantes investiguem a razão pela qual não
apareceu o Mestre, primeiramente, a Pedro ou a João, à sua Mãe ou aos
amigos. Todavia, é igualmente razoável reconhecermos que, com o seu gesto
inesquecivel, Jesus ratificou a lição de que a sua doutrina será, para todos os
aprendizes e seguidores, o código de ouro das vidas transformadas para a
glória do bem. E ninguém, como Maria de Magdala, houvera transformado a
sua, à luz do Evangelho redentor.

Extraído do livro Caminho, Verdade e Vida
Psicografado por Francisco Cândido Xavier pelo espírito Emmanuel

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